quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Kombe queimada, carbonizada, enferrujada
Queria correr
Queria roncar, coitada
Estradas tomadas desfilando
Ascelerando, por quatro cantos se desata
Mas não podia
Era sucata

***

Deito sentado, estirpe sangrador
Acariciando o colo do meu mau feitor
Morto Quase
Esperança, caprixo frugal
Morta Quase
Rasga peito, o ideal
Morto ideal, ou quase
Espero a noite
Espero à noite
Nutro a espera, Talho madre noite
Quem será?
Quê será?
Quem será por mim quando a noite acabar?

***

Daqui a um minuto
vai faltar um quarto de hora
vai dançar, viúva senhora
vai comer ovo e farofa
se errar noite a fora

Daqui a um minuto
vai raiar o roxo da aurora
anunciar o dia do agora
Vão achar que é festa na Flora
Vai sobrar quindin e mariola

Daqui a um minuto
Moby Dick vai saltar um salto cisudo
Vai se gabar da louca manobra
Aderbal, Chico, tudo
Delirando poeira, lúdica história

Daqui a um minuto é quase agora

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